VÍDEO: Lula defende derivados da maconha no tratamento de saúde e diz que “não é coisa de código penal”

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), discutir o consumo de maconha não é papel do poder judiciário, mas dos órgãos de saúde pública e pesquisa científica. Ele ressaltou que outros países já se anteciparam no tratamento de doenças à base de canabidiol e outros derivados.

“Não é uma coisa de código penal, é uma coisa de saúde pública. Vamos ver o que acontece. O mundo inteiro está utilizando derivados da maconha para fazer remédio”, falou o presidente.

O Supremo Tribunal Federal (STF) enviou nesta segunda-feira (1°) ao Congresso a decisão da Corte que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e fixou a quantidade de 40g para diferenciar usuários de traficantes. No entanto, Lula ressaltou que a Legislação já proíbe que o usuário seja preso.

O presidente citou uma de suas netas que faz uso de canabidiol para tratar convulsões. “Se a ciência já está provando em vários lugares do mundo que é possível, por que fica essa discussão contra ou a favor? Por que não encontra uma coisa saudável, referendada pelos médicos que entendem disso, pela psquiatria brasileira ou mundial, pela Organização Mundial da Saúde?”.

Os ofícios do STF enviados aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além do próprio presidente Lula e do ministro da Justiça e Segurança Pública Ricardo Lewandowski, é uma formalidade para comunicar aos chefes dos demais poderes o resultado do julgamento, que determinou que a quantidade de 40 gramas deve prevalecer até que o Congresso aprove uma norma sobre a questão. O STF ainda sugeriu ao Executivo a criação de campanhas de prevenção ao uso de drogas e à aplicação de medidas de apoio a usuários.

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