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VÍDEO: Professor de TI explica como gigantes da Internet colhem informações para induzir nosso comportamento

Anahuac Gil concorda com os métodos do governo chinês de limitar ou proibir o monopólio de ferramentas de Internet de grandes empresas norte-americanas

Por Jocivan Pinheiro

03/11/2023 às 18h35 • atualizado em 03/11/2023 às 18h39

Na coluna Nerdopolítica dessa semana, o professor de Tecnologia da Informação (TI) Anahuac Gil mostra que no vasto mundo da Internet, nem tudo que parece ser gratuito, de fato é. Anahuac alerta que aquilo que as gigantes do ramo oferecem tem um custo para nossas vidas. Mesmo que não seja financeiro, será social. O acesso aparentemente gratuito a produtos, como um simples serviço de webmail, por exemplo, tem por trás valores bem mais interessantes para as empresas. Um desses valores são nossos dados pessoais e informações que compartilhamos. O colunista cita o Gmail como exemplo.

“O que ninguém parece se importar é com a licença de uso que autoriza o Google ler e catalogar todo o conteúdo de todas as mensagens. Imagine o poder concentrado lendo as mensagens de todos os cientistas, professores, alunos, juízes, empresários, militares, policiais, repórteres, médicos, advogados, engenheiros. Tudo de todo mundo. No exato momento que alguém tiver uma ideia brilhante e mandar por e-mail, os Yankees tomam conhecimento e podem usá-la como bem entenderem”, diz Anahuac Gil. “Como estabelecer qualquer condição mínima de igualdade de competição com um poder desses?”.

Por essa razão, o colunista concorda com os métodos do governo chinês de limitar ou proibir o monopólio de ferramentas de Internet de grandes empresas norte-americanas.

“Não é sem motivo que países com um bom senso de nacionalismo limitam ou proíbem essas ferramentas de funcionar. A China é um ótimo exemplo. Constantemente criticada por sua falta de liberdade, exatamente por não permitir a chamada Internet Livre. Mas assim, se a liberdade que se defende tanto implica em coletar dados de todas as pessoas para manipular seu pensamento, tem que proibir mesmo. Especialmente se o objetivo é manipular as pessoas contra o sistema social e econômico escolhido por aquele pais. Isso não é liberdade, é indução, é manipulação, é enganação.”

Segundo Anahuac, o ataque surpresa do Hamas a Israel – que o colunista considera um direito histórico de defesa – só foi possível porque o grupo palestino se “desligou completamente das redes”.

“A única forma de manter segredo real é se manter fora da Internet, sem usar nenhum desses aplicativos ou dispositivos. Eles estão todos monitorados e funcionando como dispositivos de controle social ativos, ou seja, agindo constantemente, em tempo real, para persuadir seus usuários a ver o mundo da forma que seus criadores querem. Esse é o trabalho do tal ‘algoritmo’: manipular a Percepção da Subjetividade.”

Mais detalhes sobre esse assunto também estão na coluna escrita de Anahuac Gil no portal Diário do Sertão. Clique aqui e leia o texto.

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