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VÍDEO: Engenheiro avalia causas e consequências da escassez de mão de obra no setor da construção civil

Fernando Figueiredo ressalta que em países desenvolvidos que não têm CLT, ao menos esse tipo de profissional é bem remunerado em comparação ao Brasil

Por Luis Fernando Mifô

17/07/2024 às 16h00 • atualizado em 17/07/2024 às 16h05

Na coluna Diário do Obras dessa semana, o engenheiro Fernando Figueiredo avaliou algumas causas e consequências da escassez de mão de obra no setor da construção civil no Brasil. Entre as causas, Fernando cita o avanço da tecnologia, da industrialização e remuneração baixa.

Neste último caso, o engenheiro salienta que, embora a construção civil seja um dos setores que mais empregam no Brasil, o trabalhador braçal geralmente não tem carteira assinada, ou seja, não é protegido pelos direitos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Isso piora ainda mais a questão da valorização.

Ele ressalta, ainda, que em países desenvolvidos que não têm CLT, ao menos esse tipo de profissional é bem remunerado em comparação ao Brasil.

Fernando destaca também que o avanço da tecnologia e da industrialização é outro fator que tem provocado a redução de trabalhadores braçais na construção civil.

“Eu gosto de dizer na sala de aula aos alunos que brevemente o pedreiro vai usar somente uma furadeira e uma parafusadeira porque tudo já vai vir pronto. Essa característica é justamente pela falta de mão de obra. Então, o pessoal evita ao máximo gastar dinheiro com mão de obra e os materiais já vêm prontos”, disse.

Entre as possíveis soluções para esse problema, Fernando cita a especialização da mão de obra em habilidades específicas e a inserção das mulheres nesse setor.

“Hoje, predominantemente, a mão de obra é masculina. Então, isso [mulheres no setor] geraria um fomento de renda, ajudaria o mercado a ter igualdade entre os gêneros e fomentaria o desenvolvimento da construção civil. Mas, para isso, tem que melhorar as condições de trabalho.”

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